Marreco foi acima do esperado na LNF e abaixo no Paranaense
O planejamento do Cresol/Marreco para 2017 era ficar entre os oito melhores da Liga Nacional de Futsal (LNF) e conquistar o inédito título da Série Ouro do Paranaense. Se na competição nacional, a equipe beltronense foi acima da média, ficando em quarto lugar, no estadual o desempenho ficou aquém, perdendo na final para o principal rival, o Pato Futsal.
Mesmo assim, foi um ano de muitas conquistas para o Cresol/Marreco, que ganhou projeção nacional ainda maior, com 11 jogos televisionados ao vivo pelo SporTV. O clube se tornou um dos mais populares do Brasil, com quase 40 mil seguidores nas redes sociais. Camisas e produtos oficiais do Marreco foram vendidos para todo o País, tornando a Marreco Mania uma das lojas mais movimentadas do cenário nacional dentro da modalidade.
Taça Brasil
Pela primeira vez, Francisco Beltrão sediou a Taça Brasil de Clubes, que reuniu todos os campeões estaduais: Atlântico de Erechim (RS), Joinville (SC), Copagril/Marechal (PR), Corinthians (SP), Botafogo (RJ), Goiás (GO), Minas (MG), ABC (RN) e Balsas (MA). E o interessante é que o Joinville, que foi vice-campeão do Catarinense em 2016, só foi pra Taça Brasil porque o campeão Floripa desistiu. Chegando em Francisco Beltrão, a equipe do técnico Vander Iacovino tomou conta da disputa e venceu o Atlântico de Erechim na final, conquistando o título. O Cresol/Marreco perdeu na primeira fase para o Joinville por 1 a 0 e para o Atlântico por 4 a 3 e foi eliminado. As únicas vitórias beltronenses foram contra o Balsas, por 7 a 2, e contra o ABC, por 4 a 1.
Liga Nacional
Em sua segunda participação na Liga Nacional, o Cresol/Marreco não começou bem, classificando apenas em 12º lugar na primeira fase. Mas o time do técnico Baiano cresceu de produção na fase de mata-mata, eliminando o Jaraguá nas oitavas de final, com duas vitórias: 3 a 1 e 4 a 2. Nas quartas, contra o Corinthians, que era o atual campeão, uma vitória por 6 a 4 no Arrudão e uma derrota por 4 a 3 em São Paulo. Na prorrogação, uma jogada que vai ficar guardada na memória de todos os beltronenses: Sol Sales deixou dois adversários para trás e passou para Barbosinha marcar o gol da classificação. Na semifinal, o Marreco apenas empatou em casa com a Assoeva, de Venâncio Aires (RS), em 2 a 2, e perdeu fora de casa por 5 a 2. Na final, o Joinville foi campeão em cima da Assoeva. Pela primeira vez na história, quatro times que nunca tinham sido campeões chegaram na semifinal.
Paranaense
Na Série Ouro, o Cresol/Marreco demorou para engrenar e classificou apenas em quarto lugar na primeira fase. Nas quartas de final, os beltronenses eliminaram o Foz Cataratas com duas vitórias: 6 a 2 e 3 a 0. Na semifinal, também duas vitórias contra o Cascavel: 5 a 1 e 5 a 2. Na final, contra o Pato Futsal, as duas equipes alternaram vitórias com os mesmos placares: 4 a 1. Nos pênaltis, Barbosinha chutou em cima do goleiro e Simi fez o gol do título dos pato-branquenses.
Sinoê, um dos destaques
Se o Cresol/Marreco fosse campeão estadual, seria um ano perfeito para Sinoê. Mas devido ao resultado da final, o “Sinogol”, como é chamado pelos torcedores beltronenses, ganhou um apelido dos patro-branquenses: “Sinovice”. Essas provocações foram a tônica do Clássico das Penas, o confronto que se tornou uma das maiores rivalidades do Brasil. Mas depois de ficar dez meses sem jogar por conta de um contrato não cumprido no Nagoya Oceans, do Japão, Sinoê se reabilitou e foi o artilheiro da Liga Nacional com 16 gols e vice-artilheiro do Paranaense com 18 gols.
Por ser decisivo nos jogos do Marreco, o jogador de 33 anos foi convocado por Marquinhos Xavier para vestir a camisa da Seleção Brasileira. Atuou em dois amistosos contra o Uruguai e foi campeão da Zona Norte de Liga Sul-Americana, que aconteceu na Colômbia. Por causa desse feito, Sinoê recebeu uma homenagem da Câmara de Vereadores de Francisco Beltrão, em um projeto do vereador Léo Garcia (PSC).
Bateria chega para 2018
Como consolo pelo vice-campeonato do Paranaense, a torcida do Cresol/Marreco ganhou de presente de Natal: a maior contratação de sua história: o ala-esquerdo Bateria, camisa 10 do Barcelona e jogador de Seleção Brasileira. Dione Alex Veroneze, o Bateria, se apresentou em Francisco Beltrão no dia 18 de dezembro, com contrato assinado até o fim de 2019.
Texto: Adolfo Pegoraro – Jornalista do Jornal de Beltrão e da Rádio Educadora AM 1060.