Sinoê : ‘Quero deixar meu nome escrito na história do Marreco’

by | 12 de April de 2019 | Geral

O pivô da equipe de Francisco Beltrão quer voltar a vestir a camisa da Seleção Brasileira.
Sinoê tem 34 anos e já marcou 12 gols em dez jogos pelo Marreco em 2019.(Foto de Adolfo Pegoraro/JdeB)

O pivô Sinoê Avencurt, 34 anos, está vivendo uma boa fase no Marreco Futsal. Em dez jogos em 2019, ele já marcou 12 gols. De 2017 para cá, já foram 67 gols marcados com a camisa do Marreco Futsal. Neste ano, a meta do jogador é voltar a vestir a camisa da Seleção Brasileira e trazer títulos para a torcida do Marreco. Em entrevista ao JdeB, Sinoê falou sobre o carinho que tem recebido das arquibancadas e a boa fase com a bola tanto no Paranaense como na Liga Nacional.

JdeB – Como está sendo pra você a temporada 2019?
Sinoê – Eu venho trabalhando bastante. Eu sempre me cobrei, mas este ano estou me cobrando mais. Ano passado eu fui um pouco abaixo, então passei a me cobrar mais. E depois que o Alexandre Baggio postou os meus gols com a camisa do Marreco, isso me estimulou ainda mais. Fiquei pensando que, além de conquistar títulos, eu quero bater recordes, fazer história. Estou com 34 anos, daqui um tempo vou parar e quero deixar meu nome escrito na história do Marreco.

Não tem jogo fácil ou difícil, tem que ter gol do Sinoê… 
Eu vou trabalhar pra fazer gol, pra ajudar. Tanto que contra o Matelândia eu roubei a bola lá atrás, trabalhei a jogada e fiz o gol na frente, coisa que eu não conseguia fazer ano passado. Agora estou bem fisicamente e tecnicamente, estou em paz, tranquilo, isso ajuda muito. Tem muita coisa pela frente, mas este ano promete muito pro Marreco.

Voltou até a flechada na comemoração?
Sim, a Samara (namorada) pediu e eu atendi. Mas agora vai voltar a flechada do Sinoê.

E a família sempre acompanhando seus jogos lá de Capão do Leão?
A família é sempre muito importante na carreira da gente. Meu irmão é sempre muito crítico comigo. Meu pai não está mais aqui, mas ficou o meu irmão, que tá sempre pegando no meu pé. Isso estimula a gente a estar cada vez melhor.

Como você vê o reconhecimento nas ruas?
Desde que eu cheguei aqui, sempre fui muito bem tratado. Mas este ano está sendo diferente, pois o reconhecimento, não é só meu, mas do time todo, está maior. Estamos com uma postura diferente em quadra, se comparado com anos anteriores. Ficou uma base do ano passado, mas os jogadores novos querem mostrar o potencial. Eu acho que isso também incentivou os que já estavam aqui. Batemos na trave na Supercopa, mas pode ter certeza que vontade e determinação não vão faltar durante o ano.

E como você lida com as críticas?
Além de ser jogador, eu sou torcedor também, tenho um pouco dessa parte de criticar também. Como eu falei em várias entrevistas, sei que em 2018 eu fui abaixo dos outros anos, eu estava com alguns problemas particulares. Mas agora eu virei a chave, a partir de janeiro eu passei a me dedicar de forma dobrada. E tudo vai do que você mostrar dentro de quadra. Eu sou torcedor do Grêmio e, se o jogador vai mal, eu já vou criticar ele, como eu também sou criticado. Sei que é difícil receber críticas, mas tem que saber lidar. A nossa profissão é muito complicada, pois você vai do céu ao inferno em segundos.

E a camisa 10 tá fazendo bem pra você?
Ninguém queria, aí eu pedi pra diretoria e aceitaram. Eu já estou acostumado a jogar com a 10, foi assim na Seleção Brasileira e na ACBF. Eu cheguei com a 33, que deu bastante sorte em 2017, mas agora a 10 caiu muito bem e está em boas mãos.

Qual sua avaliação sobre o Marreco Sub-20?
Jogadores que são promessas, mas que podem se tornar realidade já neste ano. A gente sabe que nosso ano é longo e esses meninos têm muito potencial. Todos têm qualidade, mas acho que o Glauber é o que mais chama a atenção, pela visão de jogo que tem, faltam detalhes apenas pra compor o nosso grupo.

Como foi a sua base?
Eu fiz a categoria de base em Pelotas, até porque em Capão do Leão não tinha, pois minha cidade é muito pequena, no interior. Eu fui pai muito cedo, com 16 anos. Então acabei deixando essa parte de sub-20 um pouco de lado pra trabalhar, porque o futsal não me dava retorno financeiro. Voltei a jogar futsal com 21 anos. Com 23 eu já estava na ACBF, em Carlos Barbosa. Eu pulei etapa por causa da minha família. Com 16 anos eu trabalhava e jogava à noite pra ganhar um extra. Então esses meninos do Marreco Sub-20 estão tendo uma oportunidade que eu não tive na carreira.

Sobre a Liga Nacional, até onde o Marreco pode chegar?
Estamos com uma pegada a mais este ano. O que não faltou pra nós na Supercopa foi empenho e determinação. Erramos? Claro que erramos! Mas nos esforçamos muito pra buscar o título. Então eu acho que a gente vai chegar longe na Liga Nacional, brigando pelo título.

Por Adolfo Pegoraro – Jornalista do Jornal de Beltrão e do Grupo Educadora de Comunicação